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Empresas Familiares de sucesso, há várias décadas

 

Nesta ilha, muitos empresários, na altura conhecidos por meros comerciantes, lançaram ombros em iniciativas várias e algumas delas tiveram imenso sucesso. Não posso deixar de referir entre outros: Edmundo Machado Ávila & F.os – todo o ramo de negócios menos fazendas; Francisco Moniz de Melo – alfaiataria, saparia, fazendas e pronto-a-vestir; Dionísio de Brum Pereira – sapataria, fazendas, pronto-a-vestir e Residencial; Restaurante Lagoa, na vila das Lajes; que foram centros de emprego, alguns destes da mão-de-obra feminina que dificilmente encontrariam emprego noutras áreas. Destes resta com outro proprietário o Restaurante Lagoa e o Café Lajense.

Há no entanto outras empresas num ramo de negócio diferente que se mantem, praticamente como empresa familiar, embora dando emprego a outros colaboradores. São a Padaria Furtado (dos Fetais) e a Padaria Bagaço (Ribeira do Meio).

A primeira vem de 1947 fundada por Manuel Pereira Furtado e ainda hoje se mantem na família Furtado, com instalações melhoradas, atendimento permanente (descanso ao sábado) e procurando sempre diversificar a sua oferta, adaptando-se aos gostos das novas gerações, com panificação e pastelaria diversa.

Estende o seu raio de ação a vários pontos da ilha, designadamente na Ponta da Ilha e município de São Roque. É uma empresa de referência no ramo da panificação como a sua já longa existência – 66 anos de atividade ininterrupta – bem atesta. Julgo ser a mais antiga da ilha.

A Padaria Bagaço, na Ribeira do Meio, vila das Lajes, sucede à primeira Padaria do Antonico da Marcelina (?), também dos anos quarenta, adquirida nos anos cinquenta por Virgílio Correia Bettencourt que a veio a vender em 1968 a Francisco Bagaço. Desta família do Francisco Bagaço, com os restantes irmãos emigrados: Hélio (falecido), José, Manuel António, Olivério e Carlos, quase todos foram padeiros na Padaria Lajense e o Francisco passou depois a trabalhar para a padaria do Sr. Virgílio, vindo mais tarde a adquiri-la e mantendo-a até hoje em posse da sua família. Das anteriores e primitivas instalações nada resta, mas porque se mudou para instalações construídas para o efeito, na Estrada Regional, que tem vindo a ser sucessivamente melhoradas e ampliadas sendo hoje um ponto de referência no ramo da panificação e pastelaria de todo o sul do Pico.

Este simples apontamento tão-somente procura dar realce a duas iniciativas que tiveram continuidade e são sinónimos do sucesso de empreendimentos de gestão familiar, bons exemplos de sucesso comercial, repito, nestes tempos conturbados e incertos, em que parece faltar alguma esperança mas que, se nos ativermos a estas realidades talvez também outras ideias possas surgir no campo do tão proclamado empreendedorismo.

Foi isso que há muitas décadas outros fizeram.

Às vezes é preferível menos lamúria e mais arrojo.

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